quarta-feira, 24 de outubro de 2012

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Escolhemos postar essa matéria, pois é um tema muito importante, pois a tecnologia se expande a cada dia, e é inevitável que se chegue nas escolas. Com o uso da Tecnologia, torna-se interessante as aulas, trazendo a realidade de fora para dentro do ambiente escolar, portanto, professores devem saber fazer um bom uso das tecnologias, e buscar meios de tornar as aulas interativas e produtivas.

Quando a tecnologia entra na escola


Em encontro da programação geral, participantes discutem a relação entre recursos tecnológicos e a educação


Por Camila Ploennes



Em um momento no qual as tablets começam a ser adotadas pelas escolas, o debate "A educação vai se reeducar?", da programação da Campus Party 2012 nesta quinta-feira (9), levantou reflexões sobre as mudanças nas relações entre alunos, professores e pais conforme os recursos tecnológicos são incorporados ao espaço escolar. "Cada vez mais se fala na transformação do ambiente da escola por causa dos recursos tecnológicos. A escola das minhas filhas começou a usar as tablets, mas me parece a mesma velha escola, com as mesmas regras, só que agora com a tablet. Em que medida está havendo mudança de fato?", questionou o jornalista Luiz Algarra, que mediou o encontro. 

A partir dessa pergunta, Priscila Gonsales, especialista em Educação, Família e Tecnologia pela Universidade Pontifícia de Salamanca (Espanha) e co-fundadora do Instituto Educadigital, que desenvolve projetos de integração da cultura digital nas escolas, a jornalista Samantha Shiraishi, o diretor da Educartis do Brasil Mauricio Curi e a psicóloga Mila Gonçalves, gerente da área de Educação, Cultura e Juventude da Fundação Telefônica no Brasil, discutiram sobre as práticas de professores e instituições de ensino nesse cenário de sucessivas mudanças. 

"A cultura digital é parte da vida das crianças nos outros espaços. É preciso que ela entre também na escola, porque os recursos da tecnologia deixam o cérebro livre para pensar e os educadores têm, sim, interesse em aprender a levar esses recursos para dentro da sala de aula", defendeu Priscila, que coordena projetos de formação de educadores, comunidades virtuais de aprendizagem entre escolas e materiais didáticos de apoio em meios eletrônicos e impressos dentro do Programa EducaRede no Brasil, coordenado pela entidade social Centro de Estudos em Educação, Pesquisa e Ação Comunitária (Cenpec) em parceria com a Fundação Telefônica e a Fundação Vanzolini, da Poli/USP. 

Na sequência, Mauricio problematizou: "Como pensar em levar a tecnologia para dentro das escolas se tem até lei [vigorando em estados como São Paulo e Rio de Janeiro], que impede o uso de celular dentro da escola pública?". Segundo Priscila, há experiências feitas pelos professores com o aparelho em classe: "São aulas interessantes, porque levam a realidade de fora para dentro do ambiente escolar". O projeto de lei 2246 de 2007, que propôs tal proibição a todas as escolas do Brasil por considerar que o celular compromete o desenvolvimento e a concentração dos alunos, está arquivado na mesa diretora da Câmara dos Deputados. Para Mila Gonçalves, o maior desafio é mobilizar a sociedade para ações de aprendizagem com tecnologia: "As mudanças não vão vir de decretos. Se o educador quiser, ele muda sua forma de trabalhar", defende. O debate fez parte da programação geral da Campus Party, que este ano contou com o EducaParty, voltado a educadores do país.


Fonte:http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/noticias/quando-a-tecnologia-entra-na-escola-250129-1.asp

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